Há nas sociedades contemporâneas uma intensificação do culto ao corpo,
onde os indivíduos experimentam uma crescente preocupação com a imagem e a
estética.
Podemos observar que a televisão veicula imagens de corpos
perfeitos através dos mais variados formatos de programas, peças publicitárias,
novelas, filmes etc. Isso nos leva a pensar que a imagem da beleza, associada
ao corpo perfeito e ideal, atravessa todas as faixas etárias e classes sociais,
compondo de maneiras diferentes diversos estilos de vida. Nesse sentido, as
fábricas de imagens como o cinema, televisão, publicidade, revistas etc., têm
contribuído para isso. Os programas de televisão, revistas e jornais têm
dedicado espaços em suas programações cada vez maiores para apresentar
novidades em setores de cosméticos, de alimentação e vestuário. Propagandas
veiculadas nessas mídias estão o tempo todo tentando vender o que não está
disponível nas prateleiras: sucesso e felicidade.
O consumismo desenfreado gerado pela mídia em geral foca principalmente
adolescentes como alvos principais para as vendas, desenvolvendo modelos de
roupas estereotipados, a indústria de cosméticos lançando a cada dia mais
novidades atrativas.
Evidentemente que a existência de cuidados com o corpo não é
exclusividade das sociedades contemporâneas e que devemos ter uma especial
atenção para uma boa saúde. Devemos sempre respeitar os limites do nosso corpo
e a nós a mesmos.
A escola, enquanto instituição social, não está imune a tais concepções
e a Educação Física, por sua vez, constitui não apenas uma prática pedagógica
onde professor e aluno se relacionam num espaço dinâmico; mas uma área de
conhecimento presente na grade curricular da escola, onde o corpo, como seu
objeto de intervenção, é o principal referencial a ser considerado no trabalho
do professor e na ação do aluno. Desse modo, a Educação Física deveria servir
para formar, criticamente, o sujeito (aluno) em seu processo de aprendizado, de
conscientização e de aquisição de conhecimentos e experiências para a vida,
respeitando as diferenças, o próprio corpo e o corpo do outro.
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